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Vamos falar sobre a nossa saúde mental?

Somos muitos. Estamos em todos os lugares. A nossa presença é percebida, mas as guerras cotidianas nos levam a crer que o que ela mais atrai são olhares tortos, maus tratos, indiferença.  As nossas necessidades são apagadas, as lutas que travamos em prol da sobrevivência são desmerecidas, e há quem diga que queremos atenção demais. De fato, queremos atenção. Precisamos de atenção. Precisamos de assistência. Quem vai pagar os danos que uma sociedade extremamente racista causa a nós, negros? Quantos já pagaram com a vida? Até quando permitiremos isso? Até quando vocês taparão os olhos e dirão que racismo é coisa do passado, que isso já não existe mais, que são divagações, meras divagações das nossas mentes? Até quando este será um problema nosso?

As estatísticas revelam: a maior taxa de suicídio ocorre entre pessoas negras. Não é atual. Os nossos antepassados sofriam quando submetidos às condições mais indignas e sub-humanas. Os seus protestos, revoltas, e a fuga e o alívio para tantas dores, muitas vezes resultava num caminho sem volta. Não abraçaram as nossas causas. Não tomaram as nossas dores. Ninguém se responsabilizou.

As nossas vozes ecoam. Gritamos e pedimos, em tom desesperado, por suporte psicológico. Não é um problema nosso, nós não o criamos. É um problema da sociedade, e que precisa ser constantemente debatido e valorizado, não apenas em seu âmbito social, mas também no que se refere às consequências psíquicas que tudo isso nos traz. Nós não estamos bem.

Senta aqui, vamos conversar.

Diante do histórico dos nossos ancestrais e da forma como somos (e sempre fomos!) tratados na sociedade, não é “anormal” que nossa saúde física e mental seja afetada. Sim, sério. Ser uma pessoa negra com algum tipo de depressão, ansiedade ou até mesmo ódio e tristeza no coração, autoestima baixa é, infelizmente, mais comum do que você possa imaginar.

Esse projeto surgiu a partir da insatisfação de pessoas negras em perceber quão invisibilizada é a nossa saúde mental acarretada pelo racismo, e muitas vezes também outras opressões.

Já percebeu como é bom desabafar? Já experimentaram jogar todas essas dores e revoltas que machucam sua saúde psíquica e física em um bate papo com pessoas que te entendem, não te julgam e não menosprezam suas dores? 

Pois então, pretas e pretos, é por isso que o “Não Estamos Bem” surgiu. Aqui o intuito é informar, discutir, debater acerca do tema e, principalmente, ouvir e entender uns aos outros. Tente desabafar um pouco, tira de dentro de si essas dores, lágrimas, tristezas e vamos conversar.

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